Brasil, Mobilização pelo despejo zero
Na manhã desta terça-feira, dia 18 de Julho, Ocupações ameaçadas de despejo, Movimentos de luta pela Moradia, entidades e associações de moradores, realizam mobilizações simultaneamente em diversas regiões da capital, denunciando a situação de centenas de famílias que podem perder seu teto a qualquer momento.
A mobilização unitária lança a Campanha Internacional pelo Despejo Zero e reivindica que sejam suspensas as mais de 20 ações de reintegração de posse com com uso da força policial autorizado pela justiça, e que seja aberta negociação para construção de alternativas de moradia para as famílias.
É inaceitável que famílias que encontram uma ocupação irregular como única alternativa para garantir um teto, sejam criminalizadas e o direito à moradia seja tratado como caso de polícia. È inaceitável a forma violenta e truculenta como têm sido promovidos os despejos pelas forças de segurança pública. É inaceitável que crianças, mulheres gestantes, idosos e pessoas com necessidades especiais sejam expulsos de suas casas com extrema violência, à noite, com bombas de gás e balas de borracha, e sem nenhuma alternativa de reassentamento.
Porto Alegre possui um enorme déficit habitacional e mais de 46 mil imóveis vazios, não é possível que o poder público não seja capaz de implementar qualquer ação para o cumprimento da função social da propriedade, a fim de evitar que estes imóveis, que poderiam ser destinados à moradia, sirvam exclusivamente à especulação imobiliária, mesmo que passados 16 anos da aprovação do Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001).
PARTICIPAM DESTA MOBILIZAÇÃO PELO DESPEJO ZERO: Ocupação Porto Novo, Ocupação Senhor do Bom Fim, Ocupação Saraí, Ocupação Lanceiros Negros Vivem, Ocupação Vila Maria, Ocupação Mulheres Mirabal, Ocupação Nova Esperança, Ocupação Canaã, Ocupação Recanto da Alegria, Ocupação Jardim Maraba, Associação Loteamento Romeu Samarani Ferreira, Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM).