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México, Goldgroup removido projeto mineração Caballo Blanco

Goldgroup retira o projeto mineiro Cavalo Branco da SEMARNAT por se tratar de projeto ambientalmente nocivo e não contar com o apoio do povo de Veracruz.

Xalapa, Eqz. Ver, em 18 de setembro de 2012

Finalmente, depois de haver passado quase 9 meses que Goldgroup apresentara a Manifestação de Impacto Ambiental (MIA) do projeto de mineradora Caballo Blanco na SEMANART, a empresa decide retirá-lo da contundência das opiniões de espertos cientistas que evidenciaram de forma irrebatível que esse documento faltava com a verdade pois a empresa dava conta somente das atividades a se realizar em uma primeira fase, mas não do impacto do projeto em seu conjunto (55 mil hectares): omitiu a afetação de fenômenos naturais da zona, únicos a nível mundial: o passo de 5 milhões de aves de rapina migratórias ao ano em um corredor de menos de 20 km de largura, comunidades de cicadáceas de 2.500 anos de idade, e os últimos redutos de bosques de carvalho tropical que abriga fauna silvestre em perigo de extinção.

Apesar de todos os argumentos científicos pronunciados no MIA, a SEMANART não foi capaz de resolver, de forma definitiva, a inviabilidade deste projeto e nega a autorização pela clara contravenção as deis ambientais, o ecocídio e atentado contra espécies em perigo de extinção na zona e mais ainda, pela falsidade da informação proporcionada pela empresa sobre os impactos ambientais reais que provocaria já na etapa de exploração. Assim que resulta lamentável que tanto a SEMANART e a PROFEPA, longe de atender ao argumentos científicos, a exigência social e a aplicação da lei, que vem privilegiando os interesses da empresa, que tenham esgotado os prazos legais máximos deste processo e ao final tem tido uma atuação nula, pois foram capazes de emitir uma resolução negativa que merecia o projeto de mineração Caballo Blanco. A PROFEPA, em particular, não tem atendido até a hora da denuncia popular sobre as afetações que esta ocasionando a empresa com a construção de túneis, apesar da documentação de flagrante de violação das normas ambientais assim como a obrigação legal de que a empresa apresenta uma MIA para a totalidade das atividades de exploração e não só para a atividade particular de abertura de tuneis, o que mostra que a empresa segue atuando na ilegalidade em cumplicidade das autoridades federais.

Desde já reconhecemos o esforço da sociedade civil e da comunidade cientifica que tem estado acompanhando es processo para não permitir que a mineração tóxica se instale em nosso estado, as donas de casa, estudantes, trabalhadores, profissionais, organizações civis, a todos quem firmaram o Pacto por uma Veracruz Livre de Mineradora Tóxica. Assim mesmo, ao Governo e Congresso do Estado que estiveram a altura da exigência das sociedade civil veracruzana. Sem duvida, chamamos sua atenção para continuar alerta ante a declaração pública da empresa Goldgroup sobre que apresentará novamente este projeto mineração uma vez que tem uma mudança no cenário político do país e o Sr. Enrique Peña Nieto assuma a titularidade do Executivo Nacional. A este, lhe fazemos um chamado a partir de agora, para que respeite a soberania estatal, que atenda a legítima exigência social e que faça cado omisso de interesses privados que pretendem impor-se com seu poderio.

Efetivamente, a Câmara Mineradora do México tem enfocado seus esforços e recursos para fazer um loby em seu momento com que foi candidato, agora funcionários e representantes populares eleitos, para lhes vender a falsa ideia de que a mineradora pode ser sustentável sem dúvida, como tem ficado demonstrado ao largo da América Latina, a mineradora tóxica não é, nem nunca será sustentável mas sim ecocida e letal para o povo: o projeto de mineração Caballo Blanco não pode considerar-se como um projeto sustentável, pois para extrair uma quantidade de ouro menor que 1 metro cúbico e outro tanto de prata, destruiria os recursos naturais dos mexicanos em um passo de 7 anos, se utilizariam de 35 mil toneladas de explosivos, 7 mil toneladas de cianeto, 10,220 milhões de litros de água, 144 milhões de de litro de diesel e removeriam 120 milhões de toneladas de material pedra e solo. Em sete anos os mineiros canadenses destruíram todo o patrimônio natural construído em milhões de anos, afetariam a saúde e o tecido social das comunidades próximas ao projeto: e estabeleceriam precedente desta atividade extrativa em território veracruzano.

E mais ainda tratando do projeto mineração Caballo Blanco, este tem ademais a particularidade de transgredir os acordos internacionais subscrito por nosso país em temas de segurança nuclear pois o projeto se localiza a menos de 3 km da nucleoelétrica Laguna Verde, a 2 km dos gasodutos de PEMEZ que alimentam a industria do norte do país e a 500 m das linhas de alta tensão de CFE. NENHUM PAÍS NO MUNDO TEM APROVADO um projeto desta envergadura, junto a uma nucleoelétrica e uma zona afetada regularmente por furacões de intensidade crescente pela mudança climáica.

Por todo o exposto e com base nos próprios argumentos científicos vertidos na analise da MIA do projeto Caballo Blanco, os quais redimensionam o valor ecológico, histórico, arqueológico, turístico e cultural da região, é que agora deve declarar-se esta uma Area Natural Protegida: ademais, em virtude de situar-se a menos de 3 kms da central nuclear, a zona deve ficar protegida com a declaração de uma proibição de mineração no radio de segurança em torno a central nuclear.

Georeferences


The Volunteer translators for housing rights without frontiers of IAI who have collaborated on the translation of this text were:

Dayane Muniz, Virginia Murad

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